Sendo a árvore da vida um sistema harmonioso, equilibrado, dedutivo, lógico e esteticamente belo, os seus caminhos terão que forçosamente possuir também esses mesmos atributos.

sábado, janeiro 06, 2007

O PONTO ESFÉRICO

– IOD = Valor Numerológico 10 – O Principio Místico e Matemático
O grafismo do IOD representa uma chama do fogo primordial, repleto de Luz e energia. É uma chama que nunca se consome: arde perpetuamente. Está repleto de Inteligência, Amor e Sabedoria.
Todas as letras hebraicas são deduzidas deste princípio em similitude com o que acontece nas leis da natureza. A forma das letras indica que elas nada mais são do que associações com outras letras, e todas possuem no corpo do seu desenho a letra Yod. Esta letra é a menor de todas as letras, demonstrando humildade, sendo no entanto a mais importante de todas, pois ela é a que gera todas as outras.
Na sua forma poderemos imaginar uma pessoa inclinando-se com reverência em sua oração, recebendo ao mesmo tempo do Omnipotente o calor que necessita para alimentar a sua própria chama.
Cada letra tem uma concepção universal e absoluta, e é regida pelo número que ela representa.
Pressupostos:
1. A lei que presidiu à criação da língua hebraica é a mesma que presidiu à criação do universo.
2. As 22 letras do alfabeto hebraico têm cada uma simultaneamente um valor numérico, hieroglífico, ideográfico e fonético.
3. O IOD representado por uma chama ou por um ponto representa o princípio de todas as coisas. O seu valor numérico é 10. A ideia que representa é: o dedo indicador estendido em sinal de comando. Representa simultaneamente a imagem da manifestação primordial e potencial da duração espiritual, da eternidade, do tempo, e de todas as ideias a ele associadas. O Homem Pai de todas as coisas.
4. Para representar todas as coisas será necessário incluir e representar o TUDO ( o nº 1) e o NADA (o algarismo 0 ). Assim simbolicamente o número 10 representa:
• 1 – O Principio de todas as coisas, o TODO
• 0 – O NADA, a ANIQUILAÇÂO ( O FIM)

O IOD é assim o primeiro dos princípios abstractos: O PONTO. O ponto de partida da criação, do Universo conhecido e desconhecido; de tudo o que o homem se apercebe, e de tudo que não consegue aperceber-se.
Para dar uma ideia daquilo que o homem comum não consegue discernir o RabiYehuda Berg chama-lhe “ O Mundo do 99 por cento”.
No Yod está expressa a dualidade que existe em todas as coisas (5+5=10). Resulta do chamado efeito do espelho ou complementaridade dos opostos, que tudo equilibra e mantém a estabilidade. Assim, podemos considerar representado pelo 1, a luz, o começo, o Cosmos; e representado pelo 0, as trevas, o fim, o caos.
É a primeira grande abstracção da psique e da razão humana: A Unidade-princípio e simultaneamente a Unidade-fim dos seres e das coisas. Vista sobre esta óptica a eternidade não será mais do que um eterno presente.
Tal como numa foto ou imagem televisiva é com a multiplicidade de pontos que construímos a grelha de nossa percepção; a trama que tece a vida. É a partir deste princípio abstracto que iremos construir um sistema racional moderno, embora baseado num princípio milenar adoptado por uma das línguas mais antigas, o Hebraico, e que durante milénios foi apenas conhecido por iniciados, e mantida secreta até tempos muito recentes.
É desta base que parte o nosso estudo.
O Ponto por definição não tem dimensão linear ou volumétrica: por definição não existe Não terá portanto existência material densa; terá quando muito, uma existência mental subtil. Será apenas uma abstracção mental, que nos permite focalizar um todo – no infinitamente grande – ou uma particularidade – no infinitamente pequeno.
Onde se localiza no espaço? Poderá estar em todo o lado ou em lado nenhum. Poderá também situar-se, depois de fornecidas as coordenadas espaciais e temporais em qualquer lugar ou região, no homem, num animal, numa planta ou num mineral . Poderá ser portanto o TUDO E O NADA.
Precisamos dele para tudo, e sem ele de nada nos aperceberíamos. Podemos dizer que é a matéria-prima de que nos socorremos para construirmos a nossa consciência. Da mesma forma que a ciência moderna se socorre do Neutrino vindo de regiões longínquas do espaço, para explicar as formas elementares da constituição da matéria. Não pode ser visto, mas sabemos que existe porque deixa ver o seu rastro.
Sem o ponto não teríamos a noção da nossa própria existência. Ele é o princípio de tudo que reconhecemos existir. É a partir dele que é construída a nossa consciência.
A partir deste conceito podemos avançar com outras noções.
Podemos imaginar um ponto?
Não, apenas o poderemos representar, porque ele transcende a nossa imaginação.
Admitiremos que ele existe abstractamente ou na realidade - pelo menos em nossa psique ele já estará instalado – e usufruamos da sua existência o que nos será extremamente útil para a compreensão dos chamados mistérios ocultos, ou seja como Papus lhe chamou, a Doutrina Secreta do Ocidente.
Os antigos simbolistas figuraram esta ideia por um ponto no centro de um círculo, símbolo que hoje se mantém na Astrologia para representar o Sol. O ponto (centro da eternidade) e o círculo (a eternidade) cuja linha não tem começo nem fim.
Mas esse ponto e esse circulo não serão lineares mas sim volumétricos. Deveremos então substituir em nossa mente o ponto por uma esfera infinitamente pequena e o círculo por uma esfera infinitamente grande que o engloba. Pensemos então numa esfera em substituição do círculo, e num ponto também esférico que representa o centro dessa esfera.
Outra vantagem da esfera pequeníssima, rodeada por outra esfera enorme, é a “prisão” da pequena pela grande, imobilizando-a num ponto equidistante da esfera maior, o que permitirá melhorar a observação.
Com um pequeno exemplo compreender-se-á melhor o que queremos dizer:
Se representarmos um ponto nesta folha de papel, sabemos que ela nunca estará imóvel. Viajará constantemente pelo espaço-tempo, acompanhando o movimento planetário e cósmico a que toda a materialidade está sujeita. Para o fixarmos e para que ele se mantenha imóvel, teremos que o fixar, num campo que será definido pela esfera exterior. Os limites dessa esfera exterior poderá representar a nossa consciência. A esfera de IOD porém, não tendo limite, é infinitamente grande.
Tenhamos pois em atenção que o círculo é uma figura geométrica bidimensional teórica, e que não existe na realidade. O que existe sim é a esfera, sendo o círculo a projecção ou a sombra da esfera.
Convém desde já que consideremos o IOD como um ponto tridimensional, uma esfera, para que não se instale em nossa mente uma perspectiva errada e redutora. O homem não conhece sólido mais regular e harmonioso do que a esfera. Se considerarmos diversos pontos na superfície da esfera, todos eles estarão equidistantes do centro, o mesmo acontecendo com qualquer outro ponto no interior ou exterior dessa esfera qualquer que seja a dimensão da esfera considerada.
Da mesma forma que ao olharmos para o Sol, nos apercebemos apenas de um disco solar, mas sabemos tratar-se de uma esfera, assim devemos fazer quando observarmos o Yod.
Vamos então considerar que o IOD é ao mesmo tempo o centro infinitamente pequeno de uma esfera (o Nada) que se encontra situado no interior de uma esfera infinitamente grande (o Tudo). Este é o conceito de Yod resumido sintética e simbolicamente.

4 Comments:

Blogger Unknown said...

Depois de ter terminado com o "Postaias da Novalis" a 5 de Fevereiro, para me dedicar mais à astrologia, tenho aproveitado este tempo para desenvolver mais os conceitos evolutivos dos signos do zodíaco, como base elementar desta nossa reencarnação.

Aqui fica o convite para conhecer melhor o signo onde está o seu sol de nascimento, assim como o dos seus familiares e amigos.

Copie-os para o word, para melhor poder reflectir sobre o signo mais importante do seu zodíaco.

Agradeço comentários no sentido de melhorar os textos, aprofundando-os.

Um abraço,

António Rosa

8:35 da manhã

 
Blogger Joaquim Barreira said...

Não sou reencarnacionista, mas sim ressurrassionista. Acredito na nossa pré-existência espiritual mas num mundo não terreno e que nos é oculto à nascença com um véu de esquecimento, o que explica não sermos telas em branco à nascença.

12:26 da manhã

 
Blogger Eu também já fui brasileiro said...

Este comentário foi removido pelo autor.

10:20 da tarde

 
Blogger Eu também já fui brasileiro said...

"Névoa de nadas § disse O-que-Sabe §§ névoa de nadas § tudo névoa-nada/ Que proveito § para o homem §§§ De todo o seu afã §§ Fadiga de afazeres § sob o sol/ Geração-que-vai § e geração-que-vem e a terra § durando para sempre/ E o sol desponta § e o sol se põe §§§ E ao mesmo ponto §§ aspira § de onde ele reponta/ Vai § rumo ao sul §§ e volve § rumo ao norte §§ Volve revolve § o vento vai §§ E às voltas revôlto § o vento volta"

Belo estudo! Parabéns!

10:22 da tarde

 

Enviar um comentário

<< Home